segunda-feira, 4 de julho de 2011

Livros sobre Biblioterapia no Brasil

No exterior, a abordagem da biblioterapia é mais frequente. Nos Estados Unidos, por exemplo, vê-se a abrangência de livros abordando o assunto. No Brasil, porém, a publicação de livros e artigos científicos sobre este tema ainda é escasso, enquanto que a produção de monografias, dissertações e teses crescem exponencialmente.

Dos livros publicados, conheço cinco. São eles abaixo, com suas respectivas referências bibliográficas, capas e resumos.

CALDIN, Clarice Fortkamp. Biblioterapia: um cuidado com o ser. São Paulo: Porto de Idéias, 2010. 200 p.

A leitura é um fenômeno corporal, temporal, descentrado, intersubjetivo, transcendental. É um ato de comunicação que ultrapassa o corpo do autor e atinge o corpo do leitor ou do ouvinte. A partir da teoria da linguagem de Merleau-Ponty, especificamente a respeito da fala falante, a autora credita à leitura possibilidades terapêuticas. O envolvimento do leitor com o livro, o preenchimento dos vazios do texto literário, a significação como continuidade e retomada do texto, permitem que se pense na terapia por meio de livros, a biblioterapia.



OUAKNIN, Marc-Alain. Biblioterapia. Tradução: Nicolás Niymi Campanário. São Paulo: Loyola, 1996. 341 p.


Que se passa quando um livro se encontra com o leitor? Qual a repercussão da leitura sobre nosso estado de ânimo: e sobre nossa saúde? De que modo, por meio do livro, da interpretação e do diálogo, o biblioterapeuta pode desatar os nós da linguagem e, a seguir, os nós da alma, obstáculos poderosos à vida e à força criadora? Trabalho de liberação e de abertura, a biblioterapia consiste em reabrir as palavras a seus sentidos múltiplos e manifestos, permitindo a cada leitor sair de todo fechamento, de toda depressão, para inventar-se, viver e renascer a cada instante. Ao introduzir a noção de movimento na linguagem, Marc-Alain Ouaknin, virtuose da leitura talmúdica e bíblica, grande conhecedor das teorias contemporâneas da leitura, explora o ineditismo da biblioterapia e nos leva a descobrir o que ele chama de a "força" do livro.

PEREIRA, Marília Mesquita Guedes. Biblioterapia: proposta de um programa de leitura para portadores de deficiência visual em bibliotecas públicas. João pessoa: UFPA, 1996. 105 p.



Um livro que aborda a proposta de um programa de leitura para portadores de deficiência visual em bibliotecas públicas utilizando a biblioterapia.






GARCÍA PINTOS, Claudio. A logoterapia em contos: o livro como recurso terapêutico. Paulus: São Paulo, 1999. 112 p.

O ser humano é um ser sempre incompleto, que vive e luta para se completar e que vai alcançando o seu objetivo ao longo da vida, de muitas maneiras, muito especialmente através e a partir dos veículos que vai constituindo. Assim, as relações familiares, sociais, de trabalho e os seus vínculos com a cultura o vão integrando como se fossem abraços que, ao apertá-lo, o unem cada vez mais nas suas próprias partes constitutivas. Dentro desta trama de relações, a relação terapêutica adquire uma tonalidade muito especial. Ela se insere no grupo das relações de ajuda, assumindo características próprias. Neste livro, o autor focaliza especialmente a letra, o livro, como um possível recurso terapêutico e apresenta exemplos concretos de prosa e poesia, que não esgotam a projeção maravilhosa de todo material que pode ser usado para este fim.

SEITZ, Eva Maria. Biblioterapia. Florianópolis: Habitus, 2006. 98 p.


Esta obra é uma contribuição para os estudos relacionados às diversas áreas que tratam do universo do pensamento e do relacionamento humano em consonância ao bem-estar físico. A autora colocou em prática o uso da biblioterapia, compartilhando suas idéias, seus estudos e sua experiência.

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